A capital portuguesa, Lisboa, conquistada aos mouros em 1143 por El-Rei D. Afonso Henriques e os Cruzados a ajudar, segundo rezavam as páginas do livro de história do meu tempo de menino e moço, tem para o visitante e para o residente, retalhos da sua história, identificada nos seus monumentos, na sua tradição e no seu dia a dia de cidade europeia e ribeirinha, uma vez que é beijada pelas águas do estuário do Rio Tejo.
Rua da Betesga e lá no alto o Castelo de São Jorge
Há vários pontos de encontro e de visita obrigatória nesta Capital, uma das da Comunidade Europeia e uma das mais belas e alegres do mundo europeu. Há lugares que são de visita obrigatória, porque tudo fica dentro da cidade que hoje aproxima com a sua linha de metro, outras cidades satélites. Hoje no entanto propusemo-nos falar de um dos pontos de encontro quase obrigatório de muitas correntes turísticas, comerciais e candongueiras de Lisboa, nem mais nem menos do que a célebre Feira da Ladra, no Campo de Santa Clara, situada num dos mais afamados bairros de Lisboa, o Bairro da Alfama, que abre os seus estaminés, bancas, tendas e esteiras às terças e sábados.
Figura de Pedinte com o cão
Para ali convergem todo o tipo de gente, desde a mais humilde e modesta à mais abastada. Lá encontrámos actores, artistas, pedintes, ladrões, vigaristas e drogados, mas estes últimos, infelizmente são o «pão nosso de cada dia», nas ruas das cidades, das vilas e das aldeias, até das menos povoadas do nosso País à beira-mar plantado. A área da Feira vai desde o adro da Igreja do Convento de São Vicente de Fora, até ao Panteon Nacional, conhecido por Igreja de Santa Engrácia.
Miradouro de Santa Justa
As ruas e ruelas ficam pejadas dos mais diversificados tipos de pessoas, raças e povos. Os vendedores e os compradores são mais que muitos e olham sempre desconfiados uns para os outros, porque ali os roubos são muito frequentes e os produtos colocados à venda, muitos deles são de duvidosa procedência.
Arco da Rua Augusta com a estátua Equestre de Dom José ao fundo
Encontrámos todo o tipo de artigos, como sejam livros antigos, estatuetas, vidros, ferramentas, material eléctrico e electrónico, literatura rara, misturada com literatura pouco recomendável, está ali exposta sem o mínimo pudor para quem quiser ver e apreciar, sem distinção de sexo ou idade. Azulejaria antiga retirada de palácios ou de casas senhoriais são vendidas a preço de ouro. Artigos em ouro, podemos apreciar: relógios, canetas de tinta permanente e joalharia da mais diversa. Os cheiros e os falares misturam-se consoante as raças e os credos.
Panteon Nacional da Igreja de Santa Engrácia
Mas, vale a pena visitar a Feira da Ladra, mais que não seja e só, para admirar de longe e minimamente concentrado, aquele mundo que nos rodeia e que, sem sabermos como, dele fazemos parte integrante
Artigos antigos vendidos a preço de ouro
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